Até hoje não sabemos se as peças de Olaria de Estremoz, teriam alguma decoração até ao século XVI/XVII, época das primeiras descrições.
Poucos vestígios materiais há desta arte. Somente um púcaro do século XVI/XVII, em exposição, apresenta um pontilhado sobre a parte superior do bojo e no centro deste correm dois traços incisos.
No interior sabemos da colocação de seixos pequenos e animais/ repteis aquáticos, durante o século XVI e XVII. No século XIX surge uma nova Olaria em Estremoz (a Olaria Alfacinha) que vem revolucionar a decoração das peças e introduzir novos motivos.
Deste período as peças que nos apresentam tipologias de decoração da época: o riscado, utilizando pequenos teques em madeira ou metal; o polimento ou burnido, conseguido através da fricção de um seixo da ribeira na peça; e a aplicação de pedrinhas (seixos) e pequenos motivos – folhas, flores, pequenas chapas com a inscrição “Recordação de Estremoz” ou o brasão da cidade – feitos em molde de gesso que são depois colados à peça com lamuge.
A decoração das peças era realizada quase exclusivamente por mulheres.